Produção de elétricos custará menos que a de carros a combustão em três anos

Pesquisa do Gartner mostra que aumento do uso de tecnologia e eletrificação aponta para nova fase de veículos totalmente elétricos

Até 2027, os veículos totalmente elétricos a bateria (BEVs) da próxima geração, alimentados a bateria, serão mais baratos de produzir do que similares com motores de combustão (ICE), concluiu pesquisa recente do Gartner, líder mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas.

Segundo o levantamento, à medida que os fabricantes originais de equipamento (OEMs) avançam para transformar disruptivamente suas operações fabris em conjunto com o design dos carros, será possível próximos anos os custos de produção dos veículos elétricos a bateria caírem consideravelmente mais rápido do que os custos de baterias. “Isso significa que os veículos elétricos alcançarão a paridade de valor com os de motor de combustão interna muito mais rapidamente do que inicialmente esperado, mas, ao mesmo tempo, alguns reparos de veículos elétricos a bateria serão mais caros”, diz Pedro Pacheco, vice-presidente de pesquisa do Gartner

Nova fase dos elétricos

O levantamento mostra ainda que, em 2024, os fabricantes de automóveis continuarão a lidar com mudanças causadas pelo aumento do uso de tecnologia e eletrificação, iniciando uma nova fase para os veículos totalmente elétricos (EVs).

“Os novos fabricantes originais de equipamentos (OEM) desejam redefinir profundamente o status quo do setor automobilístico,” afirma Pacheco. “Eles trouxeram novas inovações que simplificam os custos de produção, como a arquitetura de veículos centralizada ou a introdução de ‘gigafundição’ que ajudam a reduzir os custos de fabricação e o tempo de montagem, modelo que deverá ser seguido pelos fabricantes tradicionais, que não terão escolhas a não ser adotar para conseguirem sobreviver.”

Mais caros para reparos

O Gartner prevê que até 2027 o custo médio de um reparo de um acidente grave em carrocerias e em baterias de veículos elétricos aumentará em 30%.

Como resultado, veículos envolvidos em colisões podem estar mais propensos a serem declarados como ‘perda total’, já que o conserto pode custar mais do que seu valor. Da mesma forma, reparos mais caros em colisões podem levar a prêmios de seguro mais altos ou até mesmo à recusa das seguradoras em cobrir determinados modelos de carros.

O Gartner diz que a rápida redução dos custos de produção de veículos elétricos a bateria não deve ser feita às custas de despesas mais altas com reparo, pois pode gerar reações negativas dos consumidores a longo prazo. O Gartner recomenda que sejam analisadas novas maneiras de produção de veículos elétricos a bateria junto com processos que garantam custos de reparo mais baixos.

Consolidação de startups de veículos elétricos

“Com a promessa percebida de ganhos fáceis, muitas startups do universo de BEVs decidiram investir em veículos elétricos – desde fabricantes de automóveis até empresas de carregamento de veículos elétricos. Porém, algumas dessas startups ainda dependem fortemente de financiamento externo, deixando-as particularmente expostas a desafios de mercado,” diz Pacheco. “Além disso, os incentivos relacionados a veículos elétricos estão sendo progressivamente eliminados em diferentes países, o que torna o mercado mais desafiador para os fabricantes.”

O Gartner prevê que até 2027, 15% das empresas de veículos elétricos criadas na última década serão adquiridas ou irão falir. “Isso não significa que o setor de veículos elétricos está desmoronando e, sim, que está simplesmente entrando em uma nova fase na qual as empresas com os melhores produtos e serviços vencerão,” diz Pacheco.

Os veículos elétricos continuarão a aumentar sua participação no mercado em 2024. O Gartner estima que os envios de veículos elétricos chegarão a 18,4 milhões de unidades este ano e 20,6 milhões de unidades em 2025. No entanto, estamos nos movendo de uma ‘corrida do ouro’ para um modelo de ‘sobrevivência do mais preparado’. Isso significa que o sucesso das empresas nesse espaço está agora fortemente condicionado à sua capacidade de responder às necessidades dos clientes que já decidiram adotar veículos elétricos.

Fonte? CIMM

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